quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os ovos e O amor

“ ‘This guy goes to a psychiatrist and says:
- Doc, My brother’s crazy. He thinks he’s a chicken!
The doctor says:
- Why don’t you turn him in?
The guy says:
- I would, but I need the eggs!’


Weel, I guess that’s, now, how I fell about relationships: They’re totally irrational, crazy and absurd… But I guess we keep going though it because most of us need the eggs!”

(Woody Allen – Noivo Neurótico e Noiva Nervosa – Hall Anne)

Depois de mais ou menos 15 anos de amores e desamores eu já deveria ter aprendido a lição! Ou no mínimo desistido... Quando eramos crianças fomos educados para acreditar no amor...
Quanta maldade há por trás dessa ditadura ideológica que nos faz acreditar que realmente existirá uma alma gêmea para nós. Meninos e meninas sonham com a mesma coisa: casar e viver feliz pra sempre. Expressam o sonho de maneiras diferentes, é verdade, mas ambos desejam isso. Entretanto há tanta frustração nessa procura absurda pelo par perfeito que se um dia o encontramos, já estamos tão de 'saco cheio' que nem o reconhecemos! Acho que se não fossemos educados para o amor tudo seria mais fácil. O problema é que o amor chama a nossa atenção assim como um brinquedo colorido chama a atenção de um bebê... É impossível tirar os olhos... Nós o desejamos. E pra quê? Para vivermos algum tempo quase anestesiados e depois nos depararmos com o fim. O fim é inevitável para nós e para o amor...
Ando pessimista.... sei disso, mas diante de todos os relacionamentos que vejo de perto nenhum deles me parece bom o bastante. Alguns são mera conveniência social ou acomodação pessoal. Nestes casos ninguém é feliz. Outros, o parceiro passa a ser um troféu, que é carregado como objeto de desejo alheio para os lugares. Em outros, só uma das partes ama intensamente, o que a faz abrir mão de tudo em prol da felicidade do outro... E nestes casos apenas um é feliz.
Em História, ao estudar Idade Média, aprendi que o amor como o conhecemos não existia.Os casais não viviam contos de fadas, aliás todos eles eram na verdade grandes tragédias! Fico pensando que isso gerava bem menos frustrações às pessoas. Os pais daquela época eram mais sinceros! E as pessoas não tinham terapeutas.
Diante destas idéias sempre me pergunto por que, afinal, não desisto desta procura idiota...

E acho que pela primeira vez, apesar de fazer pouco ou nenhum sentido, tenho uma explicação plausível: ainda insistimos nos relacionamentos porque precisamos dos ovos!!!

Um comentário:

Rômulo disse...

Prefiro nem comentar.