O contato com a morte
A idéia de morte nem sempre me assusta, só quando representa a perda de algo. Sempre fui muito apegada, tanto as coisas quanto as pessoas. Essa semana deparei-me com a morte do que era mais inesperado. Perdi um aluno. 14 anos, forte, lindo! E com toda a vida pela frente! Ele, de olhos muito claros sonhava com o futuro desapercebidamente. E o futuro não veio...
Na sala, os outros meninos sentem o vazio gigantesco que pode fazer uma só pessoa, quando o tempo é o pra sempre! As lágrimas escorrem perdidas, sem permissão ou licença, teimosamente pelo rostos de meninos que só sabiam sorrir... E de repente eles me parecem mais velhos e fortes, homens e mulheres "quase feitos"... Daqueles que nada têm de indiferentes.
Vi-os tomarem atitudes muito humanas, vi meninos sentindo uma dor que não cabia em seus tamanhos... Dividi com eles o que eu pude... mas qualquer coisa pareceu-me pouco.
Foi-se um pequeno príncipe... Talvez tivesse ele que cuidar de alguma rosa sozinha em um pequeno planeta por aí. Foi-se... e deixou-me apenas estrelas que riem!