quinta-feira, 24 de julho de 2008

“O ecletismo é uma auto-frustração, não porque haja somente uma direção a percorrer com proveito, mas porque há muitas: é necessário escolher.” (Geertz)

Ouvi algumas vezes que na vida era preciso aprender a ser seletivo. Escolher é na verdade abrir mão de todas as outras opções em prol de uma só. E se tiver feito uma escolha ruim? Como voltar atrás? Como desfazer os enganos e desastres que uma escolha ruim pode gerar...

Essa semana várias pessoas me aconselharam a pensar menos. Isso aí: PENSAR MENOS! Viver e pronto... sem grandes reflexões. Eu ainda não consegui. Se pensando como penso consigo fazer escolhas ruins imagina sem pensar... Se bem que as piores escolhas que já fiz na vida foram impulsivas. Elas me fizeram perder jogos já ganhos. Sinto até um pouco de raiva de mim!

Ao mesmo tempo, penso que se não pudéssemos escolher seria ainda pior. Odeio o que me é imposto, gosto mais da liberdade do que do amor! Talvez esse seja o meu problema! Mas, enfim... Escolher é uma dor necessária, mas é bom saber que o poder de decisão está em suas mãos!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Os ovos e O amor

“ ‘This guy goes to a psychiatrist and says:
- Doc, My brother’s crazy. He thinks he’s a chicken!
The doctor says:
- Why don’t you turn him in?
The guy says:
- I would, but I need the eggs!’


Weel, I guess that’s, now, how I fell about relationships: They’re totally irrational, crazy and absurd… But I guess we keep going though it because most of us need the eggs!”

(Woody Allen – Noivo Neurótico e Noiva Nervosa – Hall Anne)

Depois de mais ou menos 15 anos de amores e desamores eu já deveria ter aprendido a lição! Ou no mínimo desistido... Quando eramos crianças fomos educados para acreditar no amor...
Quanta maldade há por trás dessa ditadura ideológica que nos faz acreditar que realmente existirá uma alma gêmea para nós. Meninos e meninas sonham com a mesma coisa: casar e viver feliz pra sempre. Expressam o sonho de maneiras diferentes, é verdade, mas ambos desejam isso. Entretanto há tanta frustração nessa procura absurda pelo par perfeito que se um dia o encontramos, já estamos tão de 'saco cheio' que nem o reconhecemos! Acho que se não fossemos educados para o amor tudo seria mais fácil. O problema é que o amor chama a nossa atenção assim como um brinquedo colorido chama a atenção de um bebê... É impossível tirar os olhos... Nós o desejamos. E pra quê? Para vivermos algum tempo quase anestesiados e depois nos depararmos com o fim. O fim é inevitável para nós e para o amor...
Ando pessimista.... sei disso, mas diante de todos os relacionamentos que vejo de perto nenhum deles me parece bom o bastante. Alguns são mera conveniência social ou acomodação pessoal. Nestes casos ninguém é feliz. Outros, o parceiro passa a ser um troféu, que é carregado como objeto de desejo alheio para os lugares. Em outros, só uma das partes ama intensamente, o que a faz abrir mão de tudo em prol da felicidade do outro... E nestes casos apenas um é feliz.
Em História, ao estudar Idade Média, aprendi que o amor como o conhecemos não existia.Os casais não viviam contos de fadas, aliás todos eles eram na verdade grandes tragédias! Fico pensando que isso gerava bem menos frustrações às pessoas. Os pais daquela época eram mais sinceros! E as pessoas não tinham terapeutas.
Diante destas idéias sempre me pergunto por que, afinal, não desisto desta procura idiota...

E acho que pela primeira vez, apesar de fazer pouco ou nenhum sentido, tenho uma explicação plausível: ainda insistimos nos relacionamentos porque precisamos dos ovos!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Entediante?

A última coisa absurda que ouvi a meu respeito realmente mexeu comigo...
Acusaram-me de entediante. OK! Também fizeram isso com Woody Allen e Almodóvar, e tantos outros gênios da arte. Não que eu seja um gênio da arte, mas isso me consola!

No fim de um relacionamento você retoma hábitos antigos e cria novos. Como não ando muito feliz tenho tempo para escrever. O que me faz retomar um hábito antigo.

Um conhecido meu costuma dizer que a tristeza é o melhor combustível para preencher o branco do papel... Não que ele tenha sido o primeiro a dizer isso, (Vinícius de Moraes também já havia dito) mas ouvir de uma pessoa próxima sempre faz soar mais verdadeiro. Eu neguei o fato até quando pude. A questão é que agora ando com uma tremenda disposição para escrever. Pode ser também que sejam as férias e o raro tempo livre que aparece... Enfim, a tela do computador e as letras sumindo do meu teclado voltaram a ser usadas para escrever. Escrever e só... por pra fora, num processo catártico mais barato que o analista. Vomitar.

Nesses últimos três meses descobri várias coisas novas, mas acho que poderia ter aprendido muito, muito mais do que aprendi. Também constato com tristeza que a faculdade me emburreceu. Era muito mais inteligente e versátil no segundo grau.
Sabia um pouquinho de cada coisa. Hoje não sei nada de nada! E esse vazio intelectual me incomoda. No segundo grau lia Simone de Beauvoir, hoje leio Dan Brown. Não que os Best Sellers não sejam bons, mas sinto-me como a maioria e não quero ser assim!

Nunca fui a Deusa de maior beleza, nem a mais inteligente das mortais, mas eu tinha certeza absoluta de que era a pessoa mais legal do mundo! Descobri-me entediante aos olhos de alguns! Isso fez com que eu repensasse meu modo de me enxergar... O que uma pessoa entediante não faz? O que ela faz? Decidi então que preciso criar novoa hábitos, entender de coisas novas... de sábado pra cá, já li sobre viagens e lugares bárbaros, escrevi um plano de estudo pra prova do mestrado, andei de barca (adoro andar de barca!) e fui ao CCBB, caminhei muito, escrevi, assisti clássicos do cinema.
De sábado pra cá fiquei bem mais inteligente!

Hoje? Acho que vou seguir um conselho estranho. Vestir-me como uma pseudo intelectualoide e ir ao festival de inverno. Afinal, lá pode ser que eu pareça entediante, mas meus novos óculos vermelhos farão sucesso!

sábado, 12 de julho de 2008

Mais uma lição pra não esquecer:

Quem se apaixona por si mesmo não tem rivais!

sábado, 5 de julho de 2008

MERCADÃO DE MADUREIRA

O Rio é mesmo um lugar louco....
Fui mais uma vez ao melhor lugar do mundo... Não, não se trata do Rio de Janeiro em si... Trata-se do Outback. Uma pessoa gorda, como eu sou, tem nos prazeres da gula o paraíso. E pra mim o Outback é a encarnação do paraíso na terra.

Mas o grande lance da ida ao Rio não está no comer que nem uma glutona, o lance mesmoestá em conhecer o MERCADÃO DE MADUREIRA...
Acredite se puder, aqui se vende até bode vivo!!!!