sexta-feira, 30 de março de 2007

Vida Louca Vida
Cazuza

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Se ninguém olha quando você passa você logo acha
'Eu to carente''
Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta babaquice,
tanta caretice
Desta eterna falta do que falar

Se ninguém olha quando você passa
Você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se niguém olha quando você passa você logo diz 'Palhaço'
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os sentidos
Você passa mal

Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

Amanhã: Rio - Fundão - E ....... gente nova!!!!
Novos ares e lugares!
Tudo que eu queria e precisava!!!
E precisava muito!!!

segunda-feira, 26 de março de 2007

SORTE

E O ORKUT ME DISSE...
Sorte de hoje:

Seu destino mudou completamente hoje

se isso não for um sinal....não quero mais sinais!


Realejo
O Teatro Mágico

Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
A faca e o queijo
Ou talvez... um beijo teu
Que me empreste a alegria...
que me faça juntar
Todo resto do dia...
meu café, meu jantar
Meu mundo inteiro...
que é tão fácil de enxergar...
E chegar

Nenhum medo que possa enfrentar
Nem segredo que possa contar
Enquanto é tão cedo
Tão cedo
Enquanto for...
um berço meu
Enquanto for...
um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim

Será que a noite vira num vilarejo
vejo a ponte que levara o que desejo
admiro o que há de lindo e o que há de ser...
você
Enquanto for...
um berço meu
Enquanto for...
um terço meu
Serás vida... bem vinda
Serás viva... bem viva
Em mim

"Os opostos se distraem
Os dispostos se atraem"

domingo, 25 de março de 2007

As lágrimas agarradas ao olho, a garganta seca arranhando, a barriga tensa, e um buraco dentro da menina. Nada é suficiente e nunca foi. Nem ele nem ela, nem ninguém. Ela inventava amores impossíveis todos os dias. Tudo dava errado todos os dias. Ela se conformava em não ser exatamente quem gostaria e em nunca ter o que queria. E tudo que ela queria era o colo dele e seu mimo... era ser ninada por ele até o sol reaparecer em sua vida. Tudo estava escuro há muito tempo e não havia riso suficiente para iluminar mais nada. Ela estava um caco e talvez fosse mesmo um.

Doeu ouvir que precisava admitir que sua vida estava uma merda. E está mesmo. Não agüentava mais a vida assim. E queria ser diferente, outra, mais forte pra ela mesma, menos sentimental, mais distante e fria.... Outra que sentisse menos dor! Outra que fosse mais apaixonante (menos apaixonada), outra que não precisasse implorar, muito menos chorar sozinha. Outra que não ficasse derrotada com as coisas mais absurdas e simples da vida. Queria se reinventar mas nunca fizera nada novo. Queria forças pra isso, mas nunca tivera forças suficientes pra conquistar nada na vida! Não queria mais as derrotas. Queria vitórias só dela! Queria vencer o que era e ser outra! Queria o que os outros tiraram e ela deixou sem luta alguma. Queria um processo catártico que a curasse. Queria ir a luta por ela e por mais ninguém. Descobrir o real amor e vive-lo pra si. Queria ser a pessoa que ela procurava. E esquecer a farsa que se arrastava por tanto tempo. Queria ter coragem pra ir além e ser outra. Outra que se pintasse com nuances mais vivas. Outra que refletisse no espelho quem é a uma que se esconde! Não agüentava mais viver as crises e não evoluir com elas. Aprendeu muito nova a se conformar com pouco e a implorar o amor. Não podia mais viver assim. Não queria mais viver assim há muito tempo. Por que uma coisa tão pequena dói tanto? Porque uma coisa tão pequena dói tanto? Porque uma coisa tão pequena dói tanto?

Torceu pra estar certa e vê-los juntos naquela noite. Agradeceu por ter tomado a primeira decisão sem expectativas dos últimos quinze anos e por ter, pela primeira vez pensado só em si mesma. E jogado só com as suas armas. E sorriu ao perceber-se dona da primeira mudança.

Chegou à beirada da janela e pensou que seria mais fácil se tivesse coragem. Talvez fizesse as malas e desaparecesse. Se reinventar enquanto os outros observam era mais difícil. Se reinventar enquanto os outros cobravam as mesmas posturas viciadas era muito mais difícil. Mas não podia mais esperar que em alguns meses sentisse a mesma dor e a mesma decepção já sabida. Que encontrasse mais uma vez uma mensagem perdida, uma declaração que não era para ela. Precisava ser a prioridade e dessa vez ela seria. E dessa vez seria a última em que faria o papel de vítima. Cansou de verdade. E usaria toda a sua força para virar o jogo. Ela nunca gostou de perder. E por isso acostumou-se a largar a partida antes da primeira derrota... Mas agora estava preparando-se para guerra. E ia, assim como num jogo de xadrez, pensar algumas jogadas a frente. Se tudo isso era uma grande batalha ela ia se preparar para ganhar. Ia tomar nas mãos as armas que lhe coubessem. Ia sujar-se se preciso fosse... Ia virar a mesa, erguer a cara, secar o rosto, respirar fundo e partir pro maior encontro de sua vida! Dessa vez ia encontrar-se com ela, nem que pra isso precisasse se afastar do mundo!

quinta-feira, 22 de março de 2007

Ela andava distraída, nos mesmos corredores de sempre. Corredores que a viram crescer. Ele andava distraído pelos corredores que há tempos atrás o viram se tornar o que era agora. A história insistia em aproximá-los de tempos em tempos. A menina trazia nas mãos as mesmas coisas de sempre, um fichário desorganizado e livros cansados de serem folheados, vestia a uma calça jeans surrada como as de outros tempos. Tempos em que a distância entre eles era de uma parede.

A verdade é que nunca foram um casal. Ela nem mesmo o havia amado como amara os outros. Mas existia algo entre os dois. Ela tinha um certo fascínio por aqueles cabelos cor de fogo, o olhar perdido e a pouca fala.

Há muito tempo quase se aproximaram e tiveram um amor infantil. Ela ainda guarda a camisa com a “declaração de amor” de um tempo em que a letra dele era ainda mais tremida. Namorados que nunca haviam se beijado. As crianças têm verdades maiores que as que ela conhecia agora. Sentou-se com a caixa entre as pernas e se deliciou ao perceber que junto da camisa velha havia guardado a embalagem de um bombom preferido. O primeiro presente que ele havia lhe dado. Deu-se conta que tinham mesmo namorado sem nunca terem se tocado e riu sozinha, por ter apagado uma memória tão doce da infância.

Estranho os rumos que a vida toma. Tantos anos depois encontra-lo assim e no mesmo lugar de antes... É verdade que os cabelos já não têm mais a mesma cor daqueles tempos, e que a voz dele ganhou outro tom, bem mais forte e decidido. Mas sentados ali, ela percebeu o mesmo olhar perdido, a mesma educação e gentileza tão encantadoras, a mesma disponibilidade e até mesmo uma vontade de estar perto. Depois de anos voltariam a se esbarrar pelos corredores, como haviam feito enquanto cresciam e descobriam quem eram... sempre tão perto e ao mesmo tempo tão distantes!
A menina fechou os olhos e respirou profundamente...
E agora, o que será que descobrirão nesses corredores que silenciosamente observam?


The Blower's Daughter


Damien Rice


And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new

segunda-feira, 19 de março de 2007

"Se hoje a minha vida tivesse trilha sonora
só teriam tocado músicas dor de cotovelo,
eu teria me desesperado
e chorado o dia inteiro"

sábado, 17 de março de 2007

Dente de Leão

Minha “crise mensal” anda insustentável. Parece que me perco toda nesses dias. Esqueço do que sou capaz e entrego aos outros a verdade sobre meu transtorno bipolar. Não tem outra explicação pra ir da euforia à profunda tristeza que não uma doença grave. Não é justo que apenas uma porção de hormônios descontrolados me transforme num monstro e me façam perder o rumo. Parece que esqueço minhas “recomendações pra ser feliz”, minhas regras desregradas, minhas escolhas e minha identidade. Ficou louca e chorosa! Sensível como um Dente de Leão, me desfaço toda com um sopro mais forte e me perco, espalhada em mil pedaços pelo ar.


O Dente de Leão, para quem não conhece é um tipo de planta-flor. Ouvi dizer que é a erva dos sonhadores, daqueles que não conseguem realizar nada. Que ajuda aos idealistas a trabalharem com ideais que não têm base na realidade, e que por isso nunca são concretizados. Que ela traz estrutura e posicionamentos mais centrados e realistas para nossa vida. E que é ótimo para quem dá mil desculpas para não conseguir concretizar seus ideais. A partir disso fiquei pensando que preciso muito de um “pé” de Dente de Leão, logo eu que nunca me senti capaz de cuidar de planta nenhuma. Quero, quem sabe, um jardim inteiro disso, assim quando o vento ou o sopro insistir em destruir, na verdade estejam edificando um ambiente onde a ideologia e o sonho florecem.

sexta-feira, 16 de março de 2007

A menina se aproxima, já havia perdido as esperanças quando o reencontrou perdido no meio daquela festa chata. Ele continuava lindo. Sem voltas o convidou pra dançar.

- Você nunca vai me convidar pra sair?

Silencio.

- As coisas são mais complicadas do que pode imaginar. Você é uma menina diferente, especial demais: bonita, inteligente, interessante. Do tipo que eu poderia me apaixonar.

Dançaram menos de uma música... Ela cruzou sua mão com a dele e o “arrastou” para o outro lado do salão. Passou pelo bar e roubou a garrafa do melhor vinho.

- Onde estamos indo?

- Como vou saber... apenas estamos indo.

Entraram em uma sala vazia e silenciosa.

- Não quero amarras, só quero saber como vai ser.

Beijo.

- Parece que eu estou beijando um cara! (e ele sorriu um sorriso doce)

Beijo.

- E o pior é que não sabia o que eu estava perdendo!

Silêncio.

Beijo...

quarta-feira, 14 de março de 2007

eita teimosia boba!

Dia nacional da poesia
Podia escrever sobre ousadia,
Flor, amor ou alegria
Escolhi falar de quem canta tal melodia

Tantos já se fizeram poetas
Eu ainda arrisco uns versos, em vão
Todos tordos apesar das linhas retas
A insistência é minha grande ilusão

Quem sabe, num dia desses qualquer
acordarei mulher feita
E cantarei o que quiser
Então o poema fluira como a vida
Correndo livre por margens largas
E as palavras saltarão como se não fossem minhas
Inspiração de um Deus que estará em mim.

Tem gente que quando começa a ficar insatisfeita consigo mesmo, muda o cabelo, as roupas, a cara... Eu resolvi mudar o blog....cada um na sua! Liberdade pra dentro da cabeça!

Nunca fui muito ligada nessa coisa de horóscopo. Sempre li, é verdade, entretanto fazia mais por cultura feminina do que por acreditar que o fato de ter nascido num dia e numa hora definiriam a minha personalidade. Sei de cada característica designada pelo meu signo, mas nunca percebi com tamanha clareza que elas estavam tão presentes. A minha possessividade é insuportável até pra mim! Que doença! Talvez, e sublinhem o talvez, consiga ser discreta, mas o meu ciúme me corrói por dentro. O mais assustador é que são por pequenas coisas. Pequenas mesmo. Um toque é o suficiente pra fazer a minha cabeça maluca viajar. Deve ser culpa da minha baixa auto-estima. Não é possível que só o fato de estar sob a regência de um pseudo-planeta (quase um asteróide) – Plutão – seja o suficiente pra tanto absurdo e confusão mental. Chego a me sentir menos amada por causa dessas coisas! Aliás, aposto que a culpa é mesmo de plutão, se a regência do meu signo fosse Jupiter eu teria era complexo de grandeza! Mas nãããão...tinha que ser logo o pequeno, longínquo e gelado planetinha... é daí que vem a minha implicância com os pseudos! Sem dúvida!