quinta-feira, 26 de novembro de 2009


"Hermes, teu chão são tuas asas!"

Minha Menina

Não me cabe mais
Os sonhos de você
Tão maiores do que eu
Tão pequenos diante de ti

Cresces num ritmo
Que não cansa
Tão Rápido! Veloz!
Já me alcança

Queria antes ser espelho
Reflexo do meu eu torto
Hoje és modelo
Pintura nova em seu rosto

Mais viva e colorida...
Outros traços surgem agora
Num presente que é você
A estrela desta hora

Outros traços, outras mãos
Mãos que não as minhas
O tempo corre cruel
apagando sua curvinha

Dando-te outras, mais complexas
Difíceis de administrar
Assim como teus talentos
Destes é preciso cuidar

Amor tão grande que estraga
Mima, sufoca, esmaga
Amor que tudo vence
Sempre, é só presente

Tu eras a princesinha
Uma boneca, uma florzinha
Deixou para traz o rosa
Esqueceu-se que eras só minha

Hoje flertando com o mundo
Já és menina – moça
Cheia de tramas e dramas
Que papai não nos ouça!

Por vezes tenho medo
Que o mundo apague teu encanto
Por isso peço a Maria
Que a proteja com o seu manto

Amo-te tanto que não cabe
Nem em mim, nem em ninguém
Grito, berro, faço vergonha
Desde que eras neném

No meu ontem, nosso amanhã
Irmã minha, inspiração
O sucesso é para nós
Isso é convicção

Estando juntas na eternidade
Antes ou depois do fim
Corações tão parecidos
Quanta certeza em mim

Se um dia, os caminhos forem outros
Distantes no tempo ou espaço
Que não se apague o riso
Porque eterno é nosso laço

sábado, 21 de novembro de 2009

O RIO NÃO DECEPCIONA

As minha companhias habituais fugiram da cidade no feriadão e eu fique só!
Mas não tem jeito... A cidade não decepciona... Surgiram uns amigos novos, amigos mesmo, daqueles que dividem a conta e a vida... E uma exposição do Chagall... Aprendi coisas novas!!! Ai que saudade que eu tenho disso, quando subo a serra e me sufoco!

2) Tá tudo igual...
Passaram-se 20 anos... sim, quase vinte anos e está tudo igual. Passei durante a semana toda em frente a praça em que brincava quando tinha 6, 7, 8 anos de idade... E está tudo igual... São outras crianças, outros adultos... no mais está tudo lá... o balanço, a gangorra, as plantas rasteiras e as palmeiras... a sensação de paz e a melancolia... o imaginário construiu e re-construiu histórias em bolhas de sabão. A estatua dos cães está lá... Também a árvore das primeiras aventuras. E a impressão não podia ser melhor: é horário de verão, exatamente como nas minhas melhores lembranças, e eu posso me ver de blusa suja da escola, correr rampa a baixo, em direção ao balanço...
Balanço da vida que não para, mesmo que eu esteja meio quebrada, meio perdida, meio sem chão...
e eu não vou embora, porque olhando o ontem, fico tentando entender o que pode vir a ser da menina de rabo de cavalo que não tinha/tem medo da vida!

1)MAIS UMA DERROTA...
meus amigos são quase todos heróis...- como diria Fernando Pessoa. Eu, aprendi com o poeta, a assumir minhas derrotas. Não passei para o mestrado. E, por isso, estou ainda mais perdida. Ainda mais sem rumo na vida... Nem sei mais onde está o meu projeto... nem onde mora a "calma e a paz que eu mereço"!
A queda não foi grande, mas com a perna ruim fica ainda mais difícil levantar e trilhar outros caminhos...

sábado, 14 de novembro de 2009

Ansiedade, teu nome é Livia!

Até o dia 17 eu estarei com o comedor aberto! Não dou conta de tanta ansiedade! Se pudesse faria exercícios físicos (Rá! Até Parece!) mas minha condição não permite!
Não contarei o que é! Mas dia 17 vou saber mais sobre o ano que vem... ou não! Rsrs
Até lá, ficarei assim, insuportavelmente tensa... nervosa, sem saber nada, nadinha de nada!
Ai ai...tempo que não passa!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Tenho tanta coisa que sinto e queria dizer que às vezes me calo por não saber por onde começar.
A eterna tentativa com as palavras tem a intenção de me entender sem queimar rios de dinheiro com um profissional da psicologia. É que com esse dinheiro prefiro o bar, prefiro viajar.
Ontem li um pouco de Eduardo Galeano e queria, como queria, dizer todas aquelas coisas daquele jeito tão macio. Tão leve... A estética do suave que torna a pior das conclusões suportável.

Oscilo entre a maturidade e a infantilidade. Ser eu é ótimo, mas cansa!
Ando segura... insuportavelmente segura.
Num tempo em que todos me parecem pouco interessantes, meio chatos... Quero do meu lado poucos e bons amigos e amores que me tratem como se eu fosse a própria Vênus!
Além disso, tenho me amado... e gostado de minha própria companhia. Tanto que sonho com o tempo de chegar em casa e ter só a mim!

Outra coisa, talvez já dita – quero ser anônima!
Isso mesmo. Minha vontade na vida, agora, é o anonimato. Coisa boa é ser livre até em público!