terça-feira, 24 de março de 2009

SÊ GRANDE!

Sofro de um mal incurável: tudo em mim é grande! Tirando meu pé 36/7 e minhas mãos... Sou alta, larga (eufemismo pra gorda), espaçosa... Se fosse só o físico, acho que me atrapalharia menos! Mas não! SINTO GRANDE! A tristeza quando vem é grande... a alegria também! A auto-estima quando esta em alta é grande! Mas quando está em baixa também! Sou GRANDE por dentro e por fora... Na maldade e na bondade, na justiça e na injustiça.... Quando alguém é só médio, ou só pequeno, essas coisas aparecem menos, mas em mim!!! Aí Meu Deus! Tudo parece gritar o tempo todo, mesmo que eu já esteja rouca há algum tempo!

Sofro do mal do MUITO! Nada pode ser mais ou menos, nem pouco! Quando quero chuva, tem que ser tempestade, chuva forte de verão... Quando quero sol, quero logo de rachar, que é pra torrar tudo de uma vez ( e FODA-SE o câncer de pele!)Quando amo, amo de o mundo acabar! E raras vezes odiei alguém... acho que meu inconsciente sabe os riscos que isso significaria!

Não tenho idéia se essa é a melhor maneira de viver a vida... Às vezes esse jeitão me tira o sono, mas a verdade é que raramente eu me arrependo! Mas...

Atualmente estou em crise! E, claro, ela é enorme! E- NOR-ME!!!! Maior que EU! A crise diz respeito a tudo de uma vez só! A sensação estúpida de que eu posso fazer tudo e acabo não fazendo nada que vá além das minhas obrigações sociais. Não aprendi violão, nem Inglês, nem italiano, nem capoeira, nem fiquei rica, nem casei, nem viajei o mundo, nem realizei nada que eu me propus... Talvez eu ainda tenha tempo, talvez não!
Só sei que essa merda dessa CRISONA (!) me deixa sem saber o que fazer da vida! E eu me questiono sobre meu lugar no mundo, sobre minha função social, sobre minhas escolhas profissionais, sobre o fato de se sou ou não feliz, se quero ou não ser rica, se quero casar, ou mudar pra Dubai, Se vou me mudar de casa, de cidade ou de país...

Acho que não me sinto assim desde os 18 anos! Aliás, acho que aos 18 eu ainda não me sentia assim, afinal, ali eu tinha a certeza de que ainda dava tempo... agora tenho dúvidas sobre isso! A sensação é que tenho que fazer tudo agora, ao mesmo tempo! Dá um desespero! Porque ... Sei lá porque!
Sei que falta ar e dá vontade de correr... Pra longe, MUITO LONGE, onde existam pessoas maiores que eu!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Preciso gritar pro mundo: ELE VOLTOU!
Como assim, VOL-TOU?
Voltou, sem dar explicações, não disse quando chega ou se já está por aqui... ou seria por lá!?
Não disse nada, só poucas palavras perguntando se eu ainda me lembrava dele... (Suspiro) Como esquecer!
O tempo se olhando, os sons e o sabor... os choros contínuos de despedida, a ansiedade do retorno... a certeza do amor!
Me sinto tão perdida... mas magicamente sei o que fazer, como fazer... O último ano, um pouco mais é verdade, ajudou-me com novas lições!
Melhorei em tudo e só de saber que não existe mais uma cadeia montanhosa entre nós as coisas parecem mais fáceis!
Só de ele ter descido o equador eu perco peso e a pele melhora!
Que vontade de gritar... de correr...atropelar!
Posso de novo sonhar o amor, aquele de olhar por horas, de respirar a noite toda o mesmo ar... de ficar sem respirar, porque o outro se afasta...
Não sei se é ele! Nem nunca vou saber!
Talvez nunca mais o veja... E DAÍ!
A possibilidade de habitar a mesma unidade territorial me basta!
Me faz rir, boba, na frente de um e-mail impreciso!
A mim, hoje, nada mais importa: ele voltou!
E eu posso chorar baixinho a esperança que antes se perdera... talvez em Santa ou no Planalto Central, de novo os mesmos sonhos: duas crianças de cabelos negros e muito lisos, olhos que se fecham quando sorriem, correm. Ela arrastando uma boneca de pano, ele empurrando uma bicicleta velha... Juan e Lupita ainda podem habitar um canto de olhar que brilha, só porque um e-mail impreciso chegou!