domingo, 27 de maio de 2007


"Comigo viu-se doida a anatomia

sou todo um coração!"

(Maiakóvski)


Diante de tanto cansaço, isso é tudo!


segunda-feira, 21 de maio de 2007

SEMANA DA CULTURA


Começaram hoje, na Faculdade, as atividades da Semana da Cultura. A organização abriu o evento com chave de ouro. A palestrante da noite foi a Profa Dra Ana Maria Freire, viúva do grande pedagogo Paulo Freire. A palestra foi fantástica, especialmente pela riqueza de detalhes que a vida em comum a possibilita fornecer. Além disso, a professora era de uma lucidez, de uma clareza... impressionante!
Iniciou dizendo que não pretendia ‘continuar’ o Paulo (as delícias da intimidade...poder chamar o Paulo Freire de Paulo). Fez uma análise de conjuntura superficial, abordou os inúmeros casos de desfalque da coisa pública e como o próprio Paulo dizia (eita intimidade besta!) , da ‘sem-vergonhice generalizada’ que assola o país!
Afirmou que ele sempre se perguntava se era um ‘educador político ou um político educador’. Falou de ética e especialmente da anti-ética do sistema capitalista neo-liberal!
Tratou, ainda, da paciência e da tolerância do Pedagogo. “não se aprende com o igual, só se aprende com o diferente” (talvez seja por isso que eu tenha amigos tão diferentes) Falou do diálogo. Falou do método, que para o autor era apenas uma concepção crítica da educação. Falou da indignação e do PT... Falou muito tempo, e a platéia parecia imóvel...
Quase que encantada!

Queria que meus ouvidos pudessem ouvir os sussurros daquelas memórias todas... Mas não dava tempo e eram intensas demais pra só ouvi-las...

De tudo que a Profa Ana refletiu uma coisa eu guardei num lugar especial(certamente por ser esse o tempo que estou vivendo):

“Nós não nascemos feitos, nós nos fazemos ou isto ou aquilo, de acordo com o que queremos para nós”

Diante da minha resolução de leitura diária, comecei e devo terminar hoje mesmo um livro fininho e, até agora uma graça, de Paulo Leminski – Guerra Dentro da Gente. Mas a novidade mesmo é que tô louca pra começar a ler meu mais novo presente (lindo! Aliás, linda também a dedicatória!) Batismo de Sangue – Frei Beto. O problema é que antes dele tem na lista o livro Geração em Transe – Luiz Carlos Maciel. Bem... a questão é simples...quanto mais rápido ler o último mais rápido alcançarei as páginas do meu atual brinquedo novo!

Cumpri cada uma das minhas resoluções hoje. Até mesmo a do palavrão!
E como uma boa anônima em tratamento, comecei a contagem. 1 dia!

domingo, 20 de maio de 2007

resolução 6

Esqueci... A partir de agora não falarei mais palavrões!

Numa dessas páginas iniciais que eu preciso abrir pra conferir meu e-mail tinha uma propaganda sobre uma “nova febre” - SecondLife. Eu fiquei pensando um tempo sobre o porquê de alguém viver uma segunda vida imaginária. Que graça tem em só poder ser quem se quer no mundo virtual. Na verdade, confesso que a reflexão começou bem diferente. Ao ouvir o termo, eu mesma me peguei imaginando o quanto de diferente seria a minha vida se eu pudesse transformá-la com o click do mouse. Primeiro sonhei mil e uma mudanças físicas... depois pensei em quanto seria mais feliz se tivesse mais dinheiro, e por último ainda me imaginei morando de frente pro mar...Quando me dei conta, já tinha entrado no site para saber um pouco mais e a setinha do mouse se encaminhava rapidamente para o link ‘cadastrar-se’.

PÁÁÁÁÁRA!!!!
- Ei! Garota, o que você está fazendo? Não basta a locadora e os vícios inúteis que a internet lhe trouxe? Você ainda vai se inscrever numa coisa que só vai afastá-la ainda mais da realidade? (E eu me dei um esporro de uns 5 minutos).

É com a graça de Deus que de vez em nunca a minha consciência se manifesta. Por que ao invés de me deixar levar por uma vida imaginária eu não assumia pra mim o que eu queria e fazia acontecer?
[Parêntese] ( o Romário acabou de fazer o milésimo gol e parou um jogo... aposto que ele não tá no second life) [Fecha-se o parêntese]

Enfim, tomei na mão a minha lista da vida e comecei a listar o que faria para viver a minha ‘segunda vida’ aqui e agora.

1 – Meia hora de oração diária – Resolução: acordar mais cedo
2 – Emagrecer - Resolução: meia hora de exercícios físicos diários
3 – Ter mais dinheiro – A princípio a resolução é parar de freqüentar o bar... (risos)
4 – Ser mais inteligente – Resolução: uma hora de leitura diária
5 – Ser mais organizada – Resolução: Não deixar que as coisas se acumulem

Começarei com essas 5 metas. E como os alcoólicos anônimos, vivendo um dia de cada vez!

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Garota da Vitrine

“Certas noites, sozinho, ele pensa nela.
E certas noites, sozinha, ela pensa nele.
E certas noites, isso acontece ao mesmo tempo
(...)
Ao vê-la se afastar ele sentiu uma perda. Como é possível, pensou ele, sofrer por uma mulher que manteve à distância para não sentir a falta dela quando ela fosse embora?
Só então percebeu o quanto querer só uma parte dela fez os dois sofrerem. E como não podia justificar seus atos, exceto por, bem, a vida é assim.”

A Menina

"Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada"



A menina sempre gostara dos filmes de romance. Era como se pudesse, através da tela, viver as emoções que procurava. Lamentava quando encerrava-se o drama, ou quando não encontrava entre os personagens traços comuns com as suas próprias histórias. Ria e se debulhava em lágrimas como se aqueles sentimentos fossem todos seus. Diante da frieza e da inércia na qual se encontrava, esse era o jeito que havia achado de ainda sentir (falsamente) alguma coisa!

Naquela tarde alugou cinco filmes, escondeu-se (protegendo-se do mundo) debaixo do edredom e se deu ao luxo da fantasia.

De início deliciou-se lembrando do seu primeiro amor... o mais perfeito de todos. Lembrou-se do tempo em que era incapaz de achar qualquer um mais bonito que seu namoradinho! Foi tão bom que ela não lembra de ter sido magoada, ou de ter chorado por ele, a não ser de saudade...

O segundo filme, mais parecia uma sátira sobre o momento atual... A busca pela identidade pessoal e no meio disso a necessidade de construir uma carreira, estabilizar a vida, achar um grande amor... Isso tudo quando a gente ainda está dando os acabamentos finais à pessoa que se pretende ser...

A tarde passou veloz...

A menina esqueceu-se do vazio. Até que se acabaram os romances e sala pareceu ainda maior e mais deserta. Lamentou-se por não ter aceitado o convite pra noitada, mas era um pouco tarde demais. Ligou o som e baixinho a música insistia em fazê-la lembrar o porquê de tanto incomodo. Abriu a gaveta da cômoda, remexeu e retirou o livro. Apertou–o contra o peito, na esperança de que por “osmose” saíssem de seu interior todo o incomodo. O menino havia dito que essa era a maneira com a qual ele se manteria por perto. Ela sabia que ele estava distante...já havia muito tempo. Mas quando a dor era quase insuportável ela agarrava-se ao livro como se abraçasse o próprio menino e chorava por um tempo até que a dor de cabeça a fizesse dormir. Queria parar de viver de fantasia e realizar suas próprias aventuras. Queria cancelar sua conta na locadora... mas sabia que isso não solucionaria nada... Nada mesmo!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Não estou bem...
isso é só!


Isso é só?


Só isso!


Só... é isso!




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AÇAI

Djavan

Solidão de manhã,
Poeira tomando assento
Rajada de vento,
Som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã

A paixão... puro afã,
Místico clã de sereia
Castelo de areia,
Ira de tubarão, ilusão
O sol brilha por si

Açaí, guardiã
Zum de besouro um imã
Branca é a tez da manhã


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Às vezes o silêncio fala mais e mais e mais

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Indignação

Há alguns dias eu postei nesse blog um texto do qual me orgulho de ter divulgado. Primeiro por acreditar nele, depois, por ter, sem saber (ainda), apoiado um grande manifesto de apoio a Dom Pedro Casaldáliga e a TL (Teologia da Libertação). Agora (após ter lido a carta do Prof. Felipe Aquino, preconceituosa e infeliz , diante da grandeza dos homens e mulheres, que deram a vida pela construção do reino de Deus, e que a deram com toda a VERDADE de seus corações) faço eu, também, um tributo a verdade.

Além da carta desse soberbo homem, seguem algumas das cartas de respostas dirigidas a ele.


A VERDADE SENHOR PROFESSOR,

é que aquilo que insiste em professar nada tem haver com a verdade que construiu o Homem-Deus. Portanto, não lhe cabe esse título de professor, já que aquilo que professa nada tem em comum com O Maior. Também não posso chamá-lo de senhor, título que aprendi a usar com aqueles a quem mais respeitava, entretanto, Felipe, aprendi também que só se respeita àquele que conhece tal preceito, afinal esse é um caminho de mão dupla. Isso aprendi bem criança, quando minha mãe me advertia que só poderia exigir respeito se aos outros o desse. Também não gostaria de chamá-lo Felipe, discípulo de Jesus, mas fazendo uma análise da história desse discípulo fica claro que não poderia haver melhor maneira de nomeá-lo. Afinal foi Felipe que repassou a pergunta dos gregos a Jesus: "Senhor, mostrai a nós o Pai e isto será o suficiente para nós" para o que Jesus respondeu: "Estou tão longe de você, por tanto tempo que você ainda não me reconhece, Felipe? Todo aquele que me vê, está vendo o Pai!....".

O Jesus que você ainda não reconhece, Felipe, é o mesmo que se colocou ao lado dos pobres e só para eles apresentou a salvação. É o mesmo que insistiu ao jovem medroso, tão sabedor das leis (assim como você), que para segui-lo bastava que vendesse TUDO o que tinha. O jovem, triste (espero que possa pelo menos sentir-se assim, afinal é o arrependimento o único caminho para o perdão), não podia se desfazer de tanto e retirou-se infeliz. Esse foi o mesmo Jesus que afirmou ser mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus.

Sua análise a cerca da TL é limitada e atrasada. A luta da TL hoje é pela justiça social, pela vida plena, por um modelo de sociedade que garanta a dignidade a todos, sem distinção. A luta da TL perpassa as questões de classe, mas não param aí. O modelo social que inspira a TL é bíblico também, Felipe! Está em Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 42 a 47. É isso que defendemos e profetizamos. É por essa construção que daremos nossas vidas da mesma forma que as deram aqueles a quem acusou de terem errado o caminho. Mas de todos os seus enormes enganos o que mais me incomoda é que você colocou o Espírito Santo como um carrasco da “Santa Inquisição”( Pela qual o Papa João Paulo II já se desculpou). Como se o Santíssimo Espírito, manifestação de Deus (Pai bondoso) fosse fazer vingança em nome da sua linha teológica, tão mais justa e correta que a TL a seus olhos. Felipe, nada sei sobre você, apenas me parece soberbo demais para um homem de Deus.

Lívia Ribeiro.

PS: Obrigada Felipe, por me possibilitar um motivo para vir a público defender a TL, você não poderia ter feito nada melhor para nos tirar das tocas e nos fazer pôr a boca no trombone. A TL fica te devendo essa!!!

PS 2: E para ressaltar escolhi algumas das respostas disponibilizadas no sitio das CEB's Mineiras.

A mais irônica - http://www.cebsuai.org.br/resp25.htm
A mais direta - http://www.cebsuai.org.br/faquino.htm
A mais embasada - http://www.cebsuai.org.br/resp15.htm
A consequência - http://www.cebsuai.org.br/resp07.htm

domingo, 6 de maio de 2007

Por vezes reclamo de não ter o que postar.Dessa vez tenho coisa a beça (as cartas, o esvaziamento, mais uma da menina...), mas tenho um problema que gira entre a falta de tempo e a maneira inútil como gasto o meu. Descobri o jogo de buraco on line e a quase 20 horas só faço isso da vida! Hoje a noite vou rezar pela minha alma, afinal eu preciso ser curada desse novo vício!

terça-feira, 1 de maio de 2007

Pior que assumir uma verdade a seu respeito é assumi-la para você mesmo!
Ok! Eu sei que essa aí é mais umas daquelas frases comuns, mas que é verdade é verdade!!!