quarta-feira, 26 de março de 2008

O contato com a morte

A idéia de morte nem sempre me assusta, só quando representa a perda de algo. Sempre fui muito apegada, tanto as coisas quanto as pessoas. Essa semana deparei-me com a morte do que era mais inesperado. Perdi um aluno. 14 anos, forte, lindo! E com toda a vida pela frente! Ele, de olhos muito claros sonhava com o futuro desapercebidamente. E o futuro não veio...

Na sala, os outros meninos sentem o vazio gigantesco que pode fazer uma só pessoa, quando o tempo é o pra sempre! As lágrimas escorrem perdidas, sem permissão ou licença, teimosamente pelo rostos de meninos que só sabiam sorrir... E de repente eles me parecem mais velhos e fortes, homens e mulheres "quase feitos"... Daqueles que nada têm de indiferentes.

Vi-os tomarem atitudes muito humanas, vi meninos sentindo uma dor que não cabia em seus tamanhos... Dividi com eles o que eu pude... mas qualquer coisa pareceu-me pouco.

Foi-se um pequeno príncipe... Talvez tivesse ele que cuidar de alguma rosa sozinha em um pequeno planeta por aí. Foi-se... e deixou-me apenas estrelas que riem!

3 comentários:

Rômulo disse...

"Por amor do nosso amor, tudo deveria parecer pouco."
Nem sempre tudo que a gente tem para dividir � suficiente, principalmente quando se trata de algo t�o grande...
O que conforta � saber que por aqui tamb�m vai ter quem cuide das rosas que v�o sentir saudade do pr�ncipe... As estrelas que sabem sorrir est�o muito mais perto do que imaginamos, para procur�-las n�o precisamos olhar para cima � noite, � s� olhar pra gente como voc�. Tenho certeza que, de algum sat�lite, tem algu�m orgulhoso de voc� por cuidar do que foi deixado pra tr�s.

André Soares disse...

Nossa, cada vez que uma citação do pequeno princípe é feita, os olhos ficam úmidos, e as lágrimas têm pressa de descer.
Foi lindo, obrigado.

Lupos, Canis disse...

forte como a mulher que você é!

lindo minha irmã!!