Quero viver mais duzentos anos!

Ontem fui a um debate político. Pode parecer meio chato ou coisa de maluco se levarmos em conta a descrença popular ou o desânimo da maior parte do brasileiros. Mas a minha formação pessoal quase me impõe a ida a esses eventos, especialmente ontem, dia de ouvir a frente de esquerda! Ok, seria exagero considerar-me de esquerda. Eu não sei ao certo qual a minha posição nesse jogo de tabuleiro, só sei que não é a do outro lado. Passei a vida na Pastoral e como militante da JEC dos tempos atuais (PJE- para os íntimos)é impossível não se colocar contra essa realidade opressora, na qual os únicos que não estão em crise são os grandes banqueiros!
Enquanto ouvia aqueles homens, cheguei a duas conclusões importantes:

1) Não dá pra ser inteligente antes dos 60 anos. Confesso que essa era uma tese que sempre tive, mas que só confirmei ontem... Acho eu, que só um dos candidatos tinha menos que essa idade e convenhamos, ele era o mais fraco de todos! Mesmo assim, ainda acho que pra ficar inteligente mesmo seria necessária a reencarnação (e olha que eu nem acredito nisso) mesmo assim teríamos que não esquecer nada!
2) A capacidade de sonhar está ligada a um olhar pessoal sobre o mundo. Outra coisa me impressionou nos homens que ouvi ontem: sua enorme capacidade de sonhar e de acreditar! Dizem que a juventude é sonhadora... Pode ser, mas eu trabalho com jovens todos os dias da minha semana e em alguns fins de semana também, e confesso trabalhar com gente bem mais pessimista que aqueles encantadores senhores de ontem. Pensando sobre isso foi que cheguei a mais uma conclusão! A capacidade de sonhar não está ligada à quantidade de anos que você viveu (ou não), mas ao tamanho que tem o seu coração! OK, parece meio vago, mas uso a figura do coração como meio de simbolizar o sentimento! A capacidade de sonhar o impossível (ou possível, sei lá) deve ser como uma qualidade, um talento, um dom divino, dado a alguns poucos privilegiados...
Então me restar ler, pra ver se fico inteligente aos 60 -antes tarde do que nunca- e olhar o mundo com olhos puros, de quem encara a esperança pela primeira vez, pra ver se consigo perceber em mim o dom de sonhar o possível e o impossível.