segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Velando o obvio



O homem que amei morreu
Sem corpo ou alma
Morreu!
Foi cedo pra mim...
Foi tarde pra mim!
Não retribui o que me deu
E ele morreu!
Não descobri que o amava
E mesmo assim sumiu!

Carinho, ou amor, ou respeito
Tudo foi solenemente enterrado!
Pensei em chamar os amigos próximos...


Morreu antes...
De ler as poesias,
De ver crescer os filhos,
de envelhecer lado a lado.

O homem que eu amava morreu...
E não me deixou nada
Além de memórias
Felizes

E cruéis
Como todo amor que morre.

O abraço que me era segurança...
Desfez-se
Dormirei sem esquenta pés ou assopros
Os noivos foram esquecidos na caixa no fundo do armário
Os filhos deixados no céu pra consolo.

Morreu, ainda que vivo
Aquele lá já não o é mais
Aquele é outro que não conheço
Que não me tem
Pode até ter outras bocas e seios
Todos vazios de amor.

O homem que amei morreu!
Ainda que ainda ande por aí!

4 comentários:

Lupos, Canis disse...

vamo que vamo que atraz vem gente.

Rômulo disse...

Vc é melhor do q eu pensava.

Anônimo disse...

haha tbm acho

Brena Marinho disse...

Puta que pariu!