sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Um resumo da Ópera

Tem coisas que eu queria ter dito antes que alguém o fizesse. Mas é difícil ter uma idéia nova quando tanta gente já disse coisas tão geniais! Nem ser autenticamente burra dá mais! A sensação é que a gente está sempre copiando, plagiando, repetindo e nunca inventando o novo. A gente pode dar outra cara as coisas, dizer de outro jeito, mas não sei se é possível pensar algo realmente novo! Diante disso, assumo meu desejo... Queria ter dito isso antes dele! (E olha que o isso em questão nem é tão genial assim....só que nem o que me parece único o é, já que até o que eu sinto outros já sentiram a sua maneira)


A Seta e o Alvo

Eu falo de amor à vida.
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso.
Você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto.
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
mas você só quer atingir sua meta, sua meta.

É a seta no alvo,
mas o alvo na certa não te espera.

Eu olho pro infinito
e você de óculos escuros.
Eu digo "te amo"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço.
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era, o que era.

É a seta no alvo,
mas o alvo na certa não te espera.

Eu grito por liberdade.
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos.
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.

É a meta de uma seta no alvo,
mas o alvo na certa não te espera.

Então me diz qual é a graça
de já saber o fim da estrada
quando se parte rumo ao nada?

Taí...podia ter dito de outra maneira, mas a maneira dele foi tão bunitinha!!!

Um comentário:

doze mil caixas disse...

eu sou quase um homem da renascença. hehehe