sexta-feira, 13 de abril de 2007

CONEG - Oficial



CONEG – UNE: AS PRIMEIRAS IMPRESSÕES SÃO AS QUE FICAM?

De repente o Diretório (do qual eu faço parte) ficou importante. Não sei se isso é bom? Só sei que desde o dia 1 de abril (e isso não é mentira) que a coordenação do DCEMP (o diretório) têm sido procurada por pessoas que NUNCA teriam ido lá!

Isso aconteceu porque nos dias 30 e 31 de março e 1 de abril nós fomos ao 55° CONEG (Congresso Nacional das Entidades Gerais da UNE). Desde então já fomos procurados por representantes do PSB, PCB, PSTU e PT... Agora estou esperando a direita!!! Será que eles virão???

Uns querem que larguemos o Movimento Estudantil legítimo para ocuparmos espaço sem nenhuma aparência social ou força de luta... Outros nos querem “evangelizar” para ingressarmos nos partidos... Sabe o que me impressiona? É que essas pessoas só estão preocupadas com as nossas posições nos tabuleiros políticos. Como se pudéssemos ser massas de manobra!!! AH! Faça-me o favor! E a luta estudantil?

O Congresso aconteceu na UFRJ – Campus de Educação Física, em paralelo ao CONEG aconteceu o CEEG (Congresso Estadual das Entidades Gerais), é importante que saibamos que se entende por Entidades Gerais os Diretórios Centrais de Estudantes. Ir a um Congresso da UNE, significa representar diante da maior entidade estudantil da América Latina a Faculdade na qual estudo. Inclusive, dentre as demais faculdades do município nós fomos os únicos que estivemos presentes. O CONEG e o CEEG têm por objetivo a aprovação dos Regimentos Internos dos Congressos Gerais. São os regimentos que definem o andamento e normatizam, por exemplo, os critérios de representação dos delegados. E sabe o que nos questionaram? Qual a importância de ocupar esses espaços? Bem, aprendi, em ciência política (com uma professora incrível por sinal), que não existe vazio de poder. Isso significa que se esvaziarmos esse espaço outras pessoas o ocuparão e darão a ele o caráter que quiserem.

A verdade é que a primeira impressão do CONEG não foi das melhores. Tivemos dificuldade no cadastramento de nossa Instituição (pouco conhecida nesses espaços de representação - porque será????); presenciamos a desorganização estrutural do Congresso; os horários não eram cumpridos; muitos estudantes não estavam interessados em contribuir no processo de construção do Movimento Estudantil, mas apenas em “farrear”; e o quanto interesses políticos e partidários são por vezes as molas motrizes do movimento. Diante disso, nosso desânimo com a instituição foi grande. Mas foi um olhar um pouco mais cuidadoso que nos permitiu ver o quanto a UNE tem feito avanços significativos em diversas lutas. As diretórias de Mulheres e de GLBTT têm feito um trabalho riquíssimo, tanto na produção de subsídios quanto nos levantamento das necessidades desses setores da sociedade. A UNE “re-ocupou” seu terreno sede. A direção de Inclusão digital está numa campanha muito interessante sobre software livres. E existe muita gente interessada em construir um movimento que retome as verdadeiras lutas dos estudantes.

Saímos de lá conscientes de que há muito a fazer pela a construção de espaços REAIS de participação, há muito trabalho para que essa Instituição volte a ser levada a sério pela maioria da população. Mas ficou claro que só existe uma maneira de fazer com que isso aconteça: Levando para o movimento gente comprometida com a causa estudantil e não “pastores – partidários”. E eu continuarei reafirmando: enquanto o ME (mov. Estudantil) for um “estágio” para a carreira política ou para a luta partidária quem perde somos nós estudantes, que ficamos a margem das discussões e das lutas que TEMOS QUE ASSUMIR.

Um comentário:

Lupos, Canis disse...

O.O realmente to inspirado a fzr algo pelos estudantes huhhuhhuh^^

serio acho que isso ja devia ter acontecido, revolução já ^^huhuhuh